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  • Foto do escritorCainã Rangel

Como o estresse e a insegurança podem estar influenciando as lideranças?

Quem é que não sente estresse e ansiedade com certa frequência atualmente? Momentos como esse, marcados por incertezas globais, são ainda mais convidativos para que estas emoções cresçam.


O estresse e a ansiedade quando sentidos por lideranças trazem grandes impactos para toda a equipe, ou às vezes, para toda uma organização. Líderes que se sentem estressados tendem a ser menos produtivos, tornam as relações mais difíceis e podem até mesmo sentir dificuldade ao tomar decisões importantes.


É válido dizer que em termos de estresse, nos referimos sim àquele momento que pode ser marcado por raiva e expressões fortes. Mas ainda mais frequente é o estresse caracterizado como insegurança, que é marcado pelas preocupações constantes e que pode levar à paralisia e a omissão. Ambos impactam a liderança e impedem as pessoas de entregarem suas melhores contribuições.


Esse conceito de estresse nos foi ensinado pelo nosso mentor, o neurocientista Daniel Friedland, que orienta líderes de todo o mundo a exercerem a sua melhor contribuição nas organizações a partir da gestão sobre o próprio estresse.


Daniel explica que em nós há, basicamente, dois mindsets presentes, influenciados pelo estresse: a reatividade e a criatividade.


O primeiro, que nos leva a agir impulsivamente através de comportamentos reativos: respostas bruscas, decisões que não levam em consideração as pessoas, e assim por diante. E a criatividade, que representa os momentos e comportamentos em que é possível se expressar a partir de um maior senso de propósito e cuidado com as pessoas, onde é mais fácil ser visto de forma inspiradora. Daniel também trouxe um pouco desses ensinamentos no Festival Alma.


As pesquisas que ele fez apontaram que líderes que apresentam maior frequência de comportamentos criativos também apresentaram maiores resultados de negócios e o oposto também se aplica: líderes com maior recorrência de comportamentos reativos apresentaram resultados de negócios inferiores.


Se pudéssemos escolher, obviamente escolheríamos apresentar mais comportamentos criativos, não é mesmo? Ao mesmo tempo, o quão frequente são inúmeras transições entre comportamentos reativos e criativos ao longo do mesmo dia?

Quando a liderança demonstra falta de empatia e se mostra reativa, isso é prejudicial às pessoas a sua volta e à si mesma. Em paralelo, existe uma motivação inspirada em um forte instinto de sobrevivência e segurança, de querer que as coisas melhorem. Então, como é possível reconhecer as raízes do estresse para impedir que comportamentos reativos se repitam?


O estresse não é de todo mal. As ações inconscientes a partir dele, sim. O estresse em si, é inclusive importante por nos colocar em movimento. É humano, acima de tudo. Estresse significa que “algo importante está em risco”. E se essa sensação está presente, naturalmente aquilo que está em risco será cuidado.

Um dos passos mais fundamentais aqui é o de reconhecer e tomar consciência do estresse assim que ele começa a aparecer. Não existe regra geral, já que o estresse se manifesta de formas diferentes em cada um. Qual é o seu jeito de perceber quando você começa a se sentir com estresse ou insegurança? Como você reage? E mais importante: do que você quer cuidar, quando se sente assim? A partir disso, podemos responder de que jeito vamos cuidar do estresse. A simples reflexão e a lembrança de se perceber já traz a mudança.

Nas próximas semanas, vamos compartilhar muitos outros aprendizados sobre como todos nós podemos gerenciar melhor o nosso estresse para exercer uma liderança mais consciente.


Até breve!


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